Para surpresa de ninguém, a votação da admissibilidade da reforma administrativa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi adiada mais uma vez. Pautado para esta quinta-feira (13), o texto foi empurrado para a semana que vem.
Oficialmente, a justificativa é que problemas técnicos impossibilitaram a sessão de acontecer.
Nos bastidores, a oposição celebra vitória, ao ter formado quórum contrário ao projeto e com isso dificultado sua aprovação, o que motiva o adiamento.
PT, PCdoB, PSB, PSD e Psol tinham medo de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), forçasse a mão para acelerar a tramitação, atropelando a etapa da formação de comissão especial.
Lira já mostrou sobejamente que, quando quer, faz acontecer coisas na Câmara a toque de caixa.
O que parece não ter sido compreendido até agora pela oposição é que, com servidores públicos – policiais, por exemplo – na base bolsonarista, aprovar uma reforma administrativa que os puna é jogar contra o próprio patrimônio
E, aí, quem tem mais a perder?