Marcelo Queiroga

Marcelo Queiroga || Crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado

Quarto titular da Saúde de Jair Bolsonaro tem uma rara notícia boa para dar: a antecipação da chegada de doses do imunizante da Pfizer – aquele mesmo que já poderia estar no Brasil desde dezembro

Pela primeira vez na história, um ministro da Saúde do governo Bolsonaro tem uma boa notícia para dar. Nesta quarta-feira (14), Marcelo Queiroga, o quarto titular da pasta mais importante dos últimos tempos da Esplanada, não comunicou a jornalistas a promessa de recebimento de um número de doses de vacinas significativamente menor do que ele mesmo havia anunciado dias antes, ou coisa do tipo.

Na verdade, foi o contrário: segundo o ministro, o Brasil irá receber 2 milhões de doses da vacina da Pfizer antes do previsto, até junho.

“Conseguimos antecipar, no calendário anteriormente previsto, das 100 milhões de doses, 2 milhões de doses da vacina da Pfizer, que vai fortalecer nosso calendário de vacinação”, disse, após uma reunião do comitê bipartite extraordinário e retardatário de combate à Covid-19.

O cardiologista não fez questão de lembrar, como era de se esperar, que 70 milhões de doses da vacina dessa mesma farmacêutica já poderiam ter desembarcado no Brasil, em dezembro, mas o Governo Federal recusou a proposta.

Considerando que Israel conseguiu diminuir em 98% o número de casos de Covid-19 e 89% o número de mortes a partir da vacinação, é de se imaginar o que essas 70 milhões de doses, suficientes para praticamente 1/3 da população do Brasil, poderiam salvar em vidas por aqui.