Quando os poderes se desentendem, dançam primeiros os projetos que dependem do Congresso. É o caso da agenda reformista, tão sonhada pelo super-ministrinho da Economiazinha, Paulinho Guedes.
Deputados que convivem com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dizem que as reformas tributária e administrativa subiram mais uma vez no telhado. Apresentadas como urgentes e fundamentais, estão comprometidas. E a tendência é que diante de um Orçamento praticamente inexequível, continuem paradas por falta de apelo.
A portas fechadas, parlamentares da base de Lira dizem que Bolsonaro não faz nenhuma movimentação real para que os temas avancem e que, portanto, não seriam eles agora a dar o pontapé inicial.
As últimas conversas com o presida, de fato, tratam mais sobre impeachment, indicações para o Supremo Tribunal Federal (STF), emendas e cargos. Sobre reformas, niente.
Agora que a balança do presumido equilíbrio entre os poderes está mais para biruta de aeroporto, será difícil conseguir a colaboração dos congressistas para as reformas.