Flávia Arruda

Flávia Arruda || Créditos: Will Shutter/ Câmara dos Deputados

Ministra da secretaria de Governo trava luta com Paulo Guedes pela manutenção do orçamento à Centrão e ainda fica incumbida de manter em cargos de confiança gente da equipe de seu antecessor, o general Ramos

Dificilmente a ministra Flávia Arruda (PL-DF), da secretaria de Governo (Segov) ficaria à vontade no encontro “100% homem” desta quarta (7) de Jair Bolsonaro e alguns de seus ministros com Washington Cinel & Co. na casa do empresário, no Jardim Europa, em São Paulo.

Se nem tanto pela diversidade zero do encontro, algo já mais ou menos conhecido no Executivo e no Legislativo brasileiros, pela presença de Paulo Guedes, com quem ele trava uma silenciosa queda-de-braço por conta do Orçamento 2021.

Guedes quer cortes da grandeza de R$ 30 bi na peça.

Flávia, peixe do presidente da Câmara, Arthur Lira, comandou a Comissão Mista do Orçamento e decolou de lá para a Segov, num voo de drone controlado pela rapaziada do Centrão. E preservar o orçamento como ele saiu do Congresso seria uma de suas missões.

Mas não foram só Lira e amigos que deixaram esqueletos para a deputada licenciada.

Seu antecessor, o ministro Luiz Eduardo Ramos, agora chefe da Casa Civil, pediu para a amiga manter alguns nomes de confiança que ele tinha colocado lá em sua temporada.

O salário não é tão “inho”. É coisa de R$ 16 mil por cabeça. E tem muitas cabeças. Uma delas é Viviane de Castro, a chefe de comunicação social.

O irônico é que quem deveria ser responsável por enxugar a máquina pública luta para conseguir sentar-se com propriedade na cadeira que lhe é de direito.