Mesmo após o Centrão emplacar Flávia Arruda (PL-DF) na secretaria de Governo do palácio do Planalto e ter sucesso na queda de Ernesto Araújo do Itamaraty, a agremiação adesista atemporal hoje comandada por Arthur Lira (PP-AL) quer mais.
A nova “fronteira” são as emendas do Orçamento, que ainda precisa ser sancionado por Bolsonaro.
Muitas dessas emendas estão alojadas nas áreas de Desenvolvimento Regional e Infraestrutura, o que não ajuda a manter o espírito já não exatamente altivo do ministro da Economiazinha, Paulinho Guedes. E ele vem evocando um fantasma – o das pedaladas fiscais, razão da queda de Dilma Rousseff.
Guedes informou ao PR que se ele não vetar a chuva de emendas propostas pelo Orçamento, poderá ter sérios problemas com a oposição.
E mais: o ministro ligou para a nova ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, lembrando sobre o perfil contido de seu antecessor, general Luiz Eduardo Ramos, afirmando que ela precisa ter cuidado com as burras do governo.
Não bastasse a atitude incomum, insistiu no tema ao enviar uma carta ao relator do Orçamento, Márcio Bittar (MDB-AC), pedindo para ele levar a sério a sugestão de reduzir R$ 10 bilhões com o cancelamento de despesas obrigatórias depois da sanção presidencial.