A rotina de restrições de circulação e lockdowns na Europa não tem fim. E isso pode perdurar por alguns meses, já que a União Europeia, que armou uma campanha de vacinação contra a Covid-19 conjunta entre sua vintena de países, não vem colhendo resultados na velocidade que gostaria.
Muito diferentemente de Israel, Estados Unidos e do Reino Unido, que agora já não é mais da UE, os índices de vacinação são baixos, num patamar meio brasileiro, pode-se dizer. Na França, 11% da população recebeu a primeira dose do imunizante.
Com isso, Emmanuel Macron, o presidente francês, voltou nesta quarta (31) à rede nacional para apertar um pouco mais o que já não era exatamente frouxo.
Restrições que já existiam em Paris e outras 18 regiões do país passam agora a valer para todo o território nacional.
A partir deste sábado (3) e durante pelo menos três semanas, voltam a ficar fechadas creches e escolas de ensino fundamental; além disso, o turismo doméstico e o deslocamento entre cidades será restringido.
O presidente alertou para a variante inglesa do vírus da Covid-19, que predomina nesta terceira onda na França e acomete pacientes mais jovens do que em 2020.
Hoje há mais gente nas UTIs francesas do que no pico da pandemia, em abril de 2020, e um grupo de médicos intensivistas da região metropolitana de Paris chegou a publicar um anúncio em jornal alertando para a saturação da capacidade de atendimento caso nada seja feito.
Enfim, nada que nos pareça estranho.