Excluído de uma reunião de Bolsonaro com todos os ministros da Esplanada em 9 de fevereiro, o vice-presidente submergiu nas últimas semanas. Aqui e ali, como é de seu feitio, atendeu jornalistas e comentou assuntos mais ou menos momentosos ao chegar para trabalhar no seu escondido Anexo do palácio do Planalto.
Há 15 dias, prestou solidariedade a Eduardo Pazuello, quando o ex-ministro da Saúde ainda desmentia ter entregue o cargo ou mesmo estar doente, e não fez muito mais do que isso.
Hoje involuntariamente, pode-se dizer, ele voltou a ser notícia, ao ser vacinado contra a Covid-19. A foto em que ele dá o braço a picar foi para o seu Twitter, em que escreveu o seguinte: “Hoje fiz minha parte como cidadão consciente e recebi a primeira dose da vacina contra a COVID-19 (Coronavac). Espero que, em breve, o maior número possível de vacinas chegue à população brasileira.”
A menção à CoronaVac, a “vacina do Butantan” (antiga “vacina chinesa do Doria”), feita pelo vice-presidente, não passou despercebida.
O próprio Butantan tuitou na conta do vice-presidente: “Que notícia boa, @GeneralMourao! Estamos muito esperançosos e honrados em poder contribuir com o desenvolvimento da vacina. Seguimos trabalhando muito para imunizar cada brasileiro(a).”
João Doria demorou um pouco a celebrar, mas não falhou: “Excelente notícia, @GeneralMourao. Parabéns! Tomou a vacina do Butantan. Viva a vacina! Viva a vida!”, escreveu no Twitter.
Mourão tem 67 anos, e, assim, é provável que o Distrito Federal vacine os moradores de 66 anos nos próximos dias.
Entre eles está Jair Bolsonaro, que chegou a essa idade no domingo, 21.