Arthur Lira

Arthur Lira || Créditos: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Principal interessado na aprovação a toque de caixa da PEC da Blindagem, que cria uma super imunidade parlamentar, presidente da Câmara vê seu projeto correr riscos no plenário e o retira da pauta

Arthur Lira (PP-AL) chegou chegando. Depois de sua acachapante vitória à presidência da Câmara, em 1º de fevereiro, ele promoveu uma festa que ficou para os anais da noite de Brasília e quis implantar uma Mesa Diretora atropelando acordos iniciais.

Deu ruim, assim como daria ruim o fechamento de fevereiro, esta sexta (26), quando ele tentou aprovar a toque de caixa o Projeto de Emenda Constitucional 3/21, também conhecido como PEC da Blindagem.

No fim, precisou recuar. Hoje, diante da resistência de alguns partidos, ele teve de retirar o projeto da pauta e colocá-lo para tramitar normalmente.

O projeto saiu do bolso de seu colete na terça, na esteira da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) por, entre outras barbaridades, pedir a volta do AI-5.

O texto criava uma super imunidade para os parlamentares, que poderiam fazer imprecações contra a ordem pública e ter como sanção não mais a detenção, mas um puxar de orelha do conselho de ética — da Câmara.