Animado com a possibilidade de um Congresso mais receptivo às pautas do governo desde a troca de comando das chefias das Casas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu nesta quarta-feira (10) sua equipe e os assessores técnicos da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Na primeira rodada de conversa, o Posto Ipiranga elogiou a escolha da presidente da CMO, deputada Flávia Arruda (PL-DF), para presidir o colegiado. Disse que ela tem tudo para fazer a união entre a responsabilidade social e fiscal.
Elogios à parlamentar têm endereço certo: o projeto de volta do auxílio emergencial, que precisa ser incluído no Orçamento de 2021, sob supervisão de Flávia. O ministério avalia que o dinheiro só pode sair se estiver na previsão orçamentária, ali para março.
No Planalto, se cogita mudar o nome do auxílio para Renda Brasil — o sonho de Paulo Guedes que, no ano passado, foi derrubado por Jair Bolsonaro em uma de suas famosas lives. Inicialmente, o Renda Brasil seria o substituto do Bolsa Família. Agora, quer se jogar para qualquer canto, contanto que o projeto saia.
A ideia de mudar o nome é evitar a discussão de redução sobre o valor pago no ano passado. O nome é capricho do ministro.
Nesta quinta-feira (11), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou de Guedes a celeridade na liberação da verba, dizendo contar com o que chamou de “sensibilidade” do ministro, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo.
“A situação está ficando crítica na população e precisamos encontrar uma alternativa”, disse Lira.
Se a coisa caminhar melhor com o alagoano, a encantada agenda reformista pode andar, acredita o ministro.