Na falta de crises em Brasília, só mais uma: a do leite condensado

Bolsonaro || Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil

Parlamentares pedem investigação por supostos gastos excessivos com produtos supérfluos como chiclete e leite condensado; portal da Transparência cai após sequência grande de acessos

Um dia após a descoberta pelo portal Metrópoles do gasto exagerado da Presidência da República com itens supérfluos como chiclete (R$ 2,2 milhões) e leite condensado (R$ 15 mi), o Portal da Transparência deu pane nesta quarta-feira (27).

Para um grupo de parlamentares, a instabilidade do site “não é coincidência”. Deputados e senadores fizeram então um pedido formal à Controladoria-Geral da União (CGU) em busca de informações.

Entre os que assinaram o documento estão os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

“Diante da indisponibilidade súbita do portal da Transparência, logo após o vazamento de gastos absurdos da Presidência da República, é mais que necessário, é esperado que o parlamento cobre da CGU a fiscalização das contas públicas envolvendo o governo”, disse Vieira PODER Online.

Na contramão dos opositores, o deputado 03 Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) compartilhou uma série de tuítes tentando justificar a compra dos produtos. Iniciou dizendo que “leite condensado não se mistura com pão e mortadela”.

Em 2018, na campanha à presidência, Jair Bolsonaro revelou o que seria um café da manhã típico na Barra da Tijuca, onde vivia: pão com leite condensado.