Talvez isso seja sintoma de uma sociedade extramente civilizada.
Talvez não.
A esperada reunião da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) do próximo domingo (17), o dia em que a entidade prometeu oferecer um veredicto que permitirá – ou não – o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 que foram registradas no Brasil, a das joints Butantan/Sinovac e Oxford/Fiocruz, será transmitida ao vivo, pelo Facebook e pelo YouTube.
É mais uma da linha “quarta-feira com o STF”, quando as sessões plenárias da Suprema Corte são mostradas ao vivo.
O encontro de domingo, previsto para começar às 10h, tem muitas chances de ser um campeão de audiência.
A iniciativa de reproduzir online os acontecimentos ocorre após pedido do governo do Distrito Federal. No ofício, o GDF justificou que “nunca o Brasil teve os olhos tão voltados para o trabalho da agência regulatória”.
Não dá para dizer que a Anvisa “esmaga” nas redes sociais. Seu YouTube tem 13 mil inscritos; já no Facebook são cerca de 133 mil seguidores. Normalmente, as redes são usadas apenas para comunicados e palestras. Nunca houve um streaming de uma reunião de sua diretoria técnica.
Se ambas as vacinas forem aprovadas, começa um outro capítulo que deve segurar a audiência lá em cima: a corrida entre o ministério da Saúde e o governo de São Paulo para vacinar o primeiro brasileiro contra a Covid-19.