Emicida

Emicida para a Revista JP || Crédito: Maurício Nahas

Rapper paulistano resgata lutas do movimento negro no mais celebrado documentário brasileiro de 2020, disponível no Netflix

Produzir um disco anual já não era mais prioridade para o artista desde que o streaming mudou as regras da indústria fonográfica. Mas ninguém contava que os shows iriam parar.

Não mais juntar 5 mil, 10 mil, 50 mil pessoas, 100 mil pessoas num teatro ou num estádio? Que conversa é essa?

2020, amigos.

Então vieram as lives, as entrevistas, as parcerias remotas, veio Caetano, de novo.

E veio Emicida.

O rapper paulistano fez para o Netflix um dos documentários mais celebrados de 2020, em que posicionamento racial – e por isso político – dá as caras de uma maneira poucas vezes vista antes.

AmarElo – É tudo pra ontem coloca em cena a história do movimento negro no último século e celebra essa história feita de dor e opressão no teatro Municipal de São Paulo, um lugar construído por mãos negras para desfrute branco.

“Não tem uma viga, uma ponte, uma rua que não tenha uma mão negra trabalhando”, diz o rapper.

É algo que tinha de ser contado ontem ou anteontem. Mas como não foi, veja logo.