Volta do imposto sindical e fim da Ficha Limpa podem atrair esquerda, mas afugentam conservadores de Lira

Câmara dos Deputados || Créditos: Agência Brasil

Partidos como o PT, PSB e PCdoB podem ser o fiel da balança na vitória do candidato à presidência da Câmara, mas agenda afugenta base conservadora

Com o perdão do clichê: sonhar não custa nada. E dois sonhos dourados da esquerda voltaram a ser tratados nos corredores da Câmara esta semana. São a volta do imposto sindical e o fim da Ficha Limpa.

Os projetos interessam ao PCdoB, PSB e, principalmente, ao PT, maior partido da casa, que ainda mantém interlocução com a um dia poderosa base sindical.

Esses temas têm sido discutidos em conversas privadas com o até aqui único candidato oficial  à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que ainda não declarou publicamente nada nesse sentido.

Lira não é bobo: os partidos de esquerda podem – e devem – ser o fiel da balança na vitória de qualquer pleiteante à cadeira de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O diabo é que integrantes da direita conservadora ficaram sabendo dessas ruminações e passaram a cobrar do candidato governista um desmentido.

“Caso contrário, os conservadores vão deixar ele para trás, mesmo que isso acabe respingando no palácio do Planalto, para voltar com o projeto Tereza Cristina”, disse um parlamentar, sob sigilo, a PODER Online.

A deputada licenciada pelo DEM e hoje ministra da Agricultura já falou para seu círculo: se o Planalto resolver que ela deve voltar à Câmara para tentar a presidência, está pronta.