Revista Poder

Sem possibilidade de reeleição, Rodrigo Maia pode naufragar com reforma tributária

Possibilidade de Câmara votar texto até fevereiro, quando acaba mandato de Maia, é remota; na bolsa de apostas para substituí-lo ganha octanagem Marcos Pereira (Republicanos)

Rodrigo Maia || Crédito: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Já não é preciso mais esperar a segunda-feira para a semana esquentar em Brasília.

Com o voto virtual dos últimos ministros do STF nesta madrugada, a mais aguardada decisão destes dias foi tomada.

Prevaleceu o que está cristalino na Constituição.

Ao vetar a possibilidade de reeleição dos presidentes das casas legislativas numa mesma legislatura, o Supremo Tribunal Federal encerrou as pretensões de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) de seguirem mais um termo controlando a pauta do Congresso.

No STF, é tido que os ministros Luiz Fux e Edson Fachin mudaram de entendimento, ficando contra a posição do relator, Gilmar Mendes.

Rodrigo Maia queria, além da reeleição, a paternidade da reforma tributária, que está há dois anos na gaveta, mas sem texto pronto nem consenso. Em sua cabeça, seria possível aprovar o projeto ainda sob sua presidência.

Mas a desaceleração das atividades legislativas coloca a pauta em espera mais uma vez.

O parlamentar quer ser reconhecido como um grande gestor reformista, que renovou o Congresso Nacional mesmo sem estar incluído na “esteira da mudança” anunciada em 2018, com a entrada de centenas de novatos na Câmara e no Senado.

Na bolsa de apostas à sua sucessão começa a ganhar pontos o presidente do Republicanos Marcos Pereira, bastante elogiado por Maia e com trânsito no Planalto e também no palácio dos Bandeirantes.

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Rodrigo Maia esteve bastante ativo nas redes sociais nesta segunda-feira. Abaixo, uma das postagens que fez em seu Instagram, advertindo para a necessidade de dar curso à sua querida reforma tributária.

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