Por Bernardo Bittar, de Brasília
Tratados como termômetro para as eleições de 2022, os candidatos vitoriosos às prefeituras de grandes capitais têm, na média ponderada, perfil mais moderado.
Para o consultor legislativo Régis de Albuquerque, falta aos partidos de esquerda encontrar esse tipo de candidato.
“A esquerda precisa estruturar melhor seus quadros nos partidos menores. Hoje, o único preparado é o PT, que ainda amarga a repulsa do brasileiro conservador após escândalos envolvendo corrupção no partido”, disse a PODER Online.
Um dos pontos que ele destaca são os perfis “pouco moderados” de candidatos como Guilherme Boulos (Psol), que perdeu a prefeitura de São Paulo para Bruno Covas (PSDB); e de Manuela D’Ávila (PCdoB), que ficou atrás de Sebastião Melo (MDB) em Porto Alegre.
“Ao contrário do que se viu no primeiro turno, com mais cidades tendendo à centro-esquerda, as grandes capitais tiveram viés de centro-direita, a onda que o Planalto estava ansioso por chegar”, complementa o consultor, que também é professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB).
“O grande desafio, daqui pra frente, será a crise econômica e os resultados negativos da pandemia, que, certamente, vão se agravar no ano que vem.”