Damares Alves, que “está” ministra, conquista pela simplicidade

Damares Alves || Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Chefe de um ministério esvaziado, ministra repete Eduardo Portella, ministro da Educação do governo Figueiredo, que sempre dizia "estar ministro", não "ser" ministro

Um dos grandes ativos da ministra da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves, é a simplicidade.

Em uma pasta esvaziada pelo baixo orçamento e a falta de notoriedade, a pastora dá exemplo de humildade em conversas com excelências ou em publicações nas redes sociais, dizendo sempre que “está” ministra.

Isso parece dar a entender que Damares entende a transitoriedade do cargo, que, por escolha do presidente da República, pode acabar a qualquer momento.

Embora seja a única da Esplanada dos Ministérios a usar o verbo “estar” no lugar de “ser”, Damares Alves não é a primeira nesse quesito retórico.

No caótico governo João Figueiredo, o último da ditadura, o ex-ministro da Educação, Eduardo Portella, ficou famoso justamente por usar recorrentemente a frase “não sou ministro, estou ministro”.

Fica a dica, Paulo Guedes.