Por Bernardo Bittar, de Brasília
A Covid-19 vem assombrando os presídios brasileiros, que sofrem com a falta de políticas públicas de combate à doença entre a população carcerária. Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que, desde a chegada da pandemia, houve cerca de 10 824 mortes no sistema carcerário atribuídas ao mal.
Os três principais motivos para a proliferação do vírus nas cadeias são a superlotação, a entrada constante de detentos provisórios e as péssimas condições de higiene, proporcionando o ambiente ideal para o avanço da enfermidade.
Como se não bastasse, a professora Ludmila Ribeiro, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG, diz ainda que há “indícios de subnotificação de casos envolvendo mortes pela covid-19 no cárcere”.
Ouvida por PODER Online, a especialista diz que “a suspensão de serviços, como os jurídicos, e a suspensão de visitas de parentes, não vem surtindo os efeitos necessários”.