Brasilienses que passaram em frente ao monumento, nas Esplanada dos Ministérios, puderam aprender sobre a atuação do país durante o mandato de um ano à frente do grupo
No dia em que o Brasil assumiu a Presidência rotativa do G20, nesta sexta-feira, 1º de dezembro, o Museu da República, em Brasília, recebeu uma série de projeções com as principais pautas da gestão brasileira à frente do grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana.
O mandato tem duração de um ano e se encerrará em 30 de novembro de 2024. Será a primeira vez que o país ocupa essa posição na história do grupo no formato atual. Na liderança do G20, o Brasil pautará assuntos prioritários do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental); e a reforma da governança global.
Quem passou pelo Museu da República, na noite desta sexta, pôde acompanhar, nas paredes do monumento, mais detalhes sobre como será a atuação brasileira, que prevê a organização de mais de 100 reuniões de grupos de trabalho e cerca de 20 reuniões ministeriais, culminando com a Cúpula de Chefes de Governo e Estado que será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro de 2024.
O servidor público Anderson Araújo acredita que a mensagem brasileira na Presidência do G20 representa uma mudança de rumo para o país. “Achei as frases e as imagens muito democráticas, coisa que estava faltando há um tempo. A princípio, demonstra uma nova realidade do país. Acho que as coisas tendem a mudar daqui pra frente. Ficaram quatro anos paradas e agora vão melhorar”, afirmou.
O editor de livros Joaquim Felipe destacou a importância de a projeção ocorrer na área central de Brasília. “É um local estratégico, ao lado da Rodoviária. A mensagem é super importante. Impacta tantas pessoas que passam e, por ser um ícone de Brasília, o museu conseguirá atrair a atenção necessária”, disse.
O estudante de artes Gabriel Tornich ressaltou o caráter didático das projeções. “Primeiramente, em relação ao formato que escolheram, eu achei interessante por chamar atenção mesmo. Pega todo o museu e usa como suporte para a mensagem para quem passa. Achei a ideia interessante. A mensagem é esclarecedora, de fácil compreensão.”
SITES E REDES SOCIAIS – Para marcar o início da liderança brasileira, a partir desta sexta, o site oficial g20.org e todos os perfis do G20 nas redes sociais (X (ex Twitter), Instagram, YouTube, Facebook e Koo) passam a ser administrados pelo governo brasileiro, que terá postagens em três idiomas: português, inglês e espanhol.
No site, será possível acompanhar notícias, baixar um e-book com informações gerais sobre o bloco das maiores economias do mundo, encontrar respostas para perguntas frequentes, saber como funcionam os grupos de trabalho (organizados nas Trilhas de Sherpas e de Finanças) — que supervisionam as negociações, discutem os pontos que formam a agenda da cúpula e tratam de assuntos macroeconômicos estratégicos —, além de acompanhar as notícias sobre a cúpula no Brasil.
SOBRE O G20 – O G20 é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana, que recebeu status de membro na Cúpula de Nova Delhi, em setembro.
O G20 responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial. Além da reunião de cúpula de líderes, marcada para novembro do ano que vem, no Rio de Janeiro, o grupo das 20 maiores economias do globo realizará mais de 100 reuniões em diversas cidades do Brasil em 2024.