Nos últimos dias, consumidores norte-americanos aceleraram as compras na Shein e outras plataformas chinesas. O motivo é claro: evitar os efeitos da nova taxação imposta pelo presidente Donald Trump. A empresa, que dominava o mercado com preços baixos, aumentou valores em até 377% em seus produtos.
A nova política tarifária entra em vigor em 2 de maio, mas seus impactos já aparecem. Vestidos, acessórios e até utensílios de cozinha tiveram seus preços reajustados de maneira expressiva. Esse movimento antecipado reflete o receio de uma queda nas vendas futuras.
Mudanças no cenário comercial
Antes, produtos de até US$ 800 não sofriam taxação. Agora, com o novo decreto, eles podem ser taxados em até 90% de seu valor. A medida atinge diretamente gigantes chinesas como Shein e Temu, alterando a dinâmica do comércio online nos Estados Unidos.
Segundo analistas, o aumento de preços foi inevitável. Empresas chinesas já previam o impacto e preferiram reajustar os valores para compensar possíveis perdas futuras. Por outro lado, consumidores tentaram agir rápido, estocando produtos antes da nova tarifação.
Corrida às compras impulsionada por redes sociais
Vídeos e publicações nas redes sociais ajudaram a intensificar a corrida. Influenciadores alertaram seus seguidores sobre a mudança iminente, incentivando compras em massa. A reação foi imediata: as vendas das plataformas chinesas dispararam nas últimas semanas.
Muitos consumidores, temendo o aumento nos custos, preferiram antecipar suas compras. Esse comportamento causou uma elevação temporária nos números de vendas, mas a longo prazo a expectativa é de queda, caso os preços continuem elevados.
Efeitos da guerra comercial
A nova medida acirra ainda mais a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Embora Trump tenha sinalizado disposição para diálogo, autoridades chinesas negam negociações ativas. O clima permanece tenso e os desdobramentos futuros ainda são incertos.
O impacto da tarifa não se limita ao comércio. Analistas preveem que o aumento de preços pode pressionar a inflação norte-americana. Se isso ocorrer, o Federal Reserve poderá ser forçado a adotar novas medidas, como o aumento dos juros.