Revista Poder

Alta histórica na Shein assusta consumidores americanos

Imposto sobre compras no exterior começa a cair e promete zerar até 2028

Mudança nas regras de importação obriga consumidores a antecipar compras | Foto: Reprodução / Freepik

Nos últimos dias, consumidores norte-americanos aceleraram as compras na Shein e outras plataformas chinesas. O motivo é claro: evitar os efeitos da nova taxação imposta pelo presidente Donald Trump. A empresa, que dominava o mercado com preços baixos, aumentou valores em até 377% em seus produtos.

A nova política tarifária entra em vigor em 2 de maio, mas seus impactos já aparecem. Vestidos, acessórios e até utensílios de cozinha tiveram seus preços reajustados de maneira expressiva. Esse movimento antecipado reflete o receio de uma queda nas vendas futuras.

Mudanças no cenário comercial

Antes, produtos de até US$ 800 não sofriam taxação. Agora, com o novo decreto, eles podem ser taxados em até 90% de seu valor. A medida atinge diretamente gigantes chinesas como Shein e Temu, alterando a dinâmica do comércio online nos Estados Unidos.

Segundo analistas, o aumento de preços foi inevitável. Empresas chinesas já previam o impacto e preferiram reajustar os valores para compensar possíveis perdas futuras. Por outro lado, consumidores tentaram agir rápido, estocando produtos antes da nova tarifação.

Corrida às compras impulsionada por redes sociais

Vídeos e publicações nas redes sociais ajudaram a intensificar a corrida. Influenciadores alertaram seus seguidores sobre a mudança iminente, incentivando compras em massa. A reação foi imediata: as vendas das plataformas chinesas dispararam nas últimas semanas.

Muitos consumidores, temendo o aumento nos custos, preferiram antecipar suas compras. Esse comportamento causou uma elevação temporária nos números de vendas, mas a longo prazo a expectativa é de queda, caso os preços continuem elevados.

Efeitos da guerra comercial

A nova medida acirra ainda mais a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Embora Trump tenha sinalizado disposição para diálogo, autoridades chinesas negam negociações ativas. O clima permanece tenso e os desdobramentos futuros ainda são incertos.

O impacto da tarifa não se limita ao comércio. Analistas preveem que o aumento de preços pode pressionar a inflação norte-americana. Se isso ocorrer, o Federal Reserve poderá ser forçado a adotar novas medidas, como o aumento dos juros.

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