O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca na noite desta quinta-feira (24) rumo à Europa para participar do funeral do papa Francisco, marcado para o próximo sábado, no Vaticano. A viagem acontece em meio ao luto oficial de sete dias, decretado no Brasil após a morte do pontífice.
Comitiva brasileira se junta à cerimônia no Vaticano
Lula não estará sozinho. Ao seu lado, estarão representantes dos Três Poderes, incluindo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A primeira-dama, Janja da Silva, também integra a comitiva.
A decolagem está prevista para as 22h, com chegada à Itália na manhã de sexta-feira. A expectativa é de que todos retornem a Brasília ainda no sábado, após o término da cerimônia.
Um adeus com peso histórico
Essa será a segunda vez que Lula participa do funeral de um papa. Em 2005, o petista compareceu à despedida de João Paulo II, ainda em seu primeiro mandato como presidente. Agora, com o falecimento de Francisco, Lula testemunha o fim de um ciclo marcado pela proximidade diplomática e ideológica entre o Brasil e o Vaticano.
Desde que o pontífice assumiu o cargo, em 2013, Lula se encontrou com ele em três ocasiões. Em todas, o diálogo girou em torno de temas sociais, direitos humanos e justiça global.
Papa que tocou os mais vulneráveis
Francisco faleceu na última segunda-feira, após complicações de saúde provocadas por um AVC e uma falência cardíaca irreversível. Antes disso, ficou internado por quase 40 dias com um quadro de pneumonia.
Sua última aparição pública ocorreu no Domingo de Páscoa, quando fez um apelo emocionado por paz na Faixa de Gaza. Ao anunciar sua morte, Lula o descreveu como um “papa dos excluídos”, citando sua preocupação com os pobres, os imigrantes e os marginalizados.