A economia brasileira deve crescer menos do que o esperado em 2025. O Banco Central revisou para baixo a projeção do Produto Interno Bruto (PIB), reduzindo a estimativa de 2,1% para 1,9%. O dado foi divulgado no relatório de política monetária do primeiro trimestre, apontando desafios no cenário econômico.
Juros elevados e menor impulso fiscal impactam crescimento
Segundo o Banco Central, a desaceleração está ligada a uma política monetária mais restritiva, que mantém os juros altos para conter a inflação. Além disso, o governo reduziu o volume de gastos públicos, limitando o estímulo à atividade econômica. O crescimento global também segue em ritmo moderado, o que afeta a demanda externa por produtos brasileiros.
No ano passado, a economia do país teve uma expansão de 3,4%, impulsionada pelo setor agrícola e pela recuperação do consumo. No entanto, especialistas já previam uma perda de fôlego para 2025.
Inflação continua pressionando preços e consumo
Outro fator que pesa sobre o desempenho da economia é a inflação elevada. O Banco Central elevou sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve fechar o ano em 5,1%, acima da meta oficial de 3%.
Os preços de alimentos e bens industriais continuam pressionados, refletindo tanto o cenário internacional quanto a desvalorização do real. Além disso, os serviços seguem com preços elevados, impactando o poder de compra da população.
Perspectivas para os próximos meses
O Banco Central reforçou que a política de juros seguirá sendo utilizada para controlar a inflação. Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está em 14,25% ao ano, um dos maiores patamares da última década. A expectativa é que novos aumentos ocorram nos próximos meses, ainda que em ritmo mais moderado.