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EUA endurecem tarifas e etanol brasileiro pode ser o mais afetado

$TRUMP se valoriza quase 140% após Trump anunciar moeda oficial

Criptomoeda lançada por Trump surpreende com crescimento rápido e promissor. | Imagem: Reprodução / X @realTrumpNewsX

O governo dos Estados Unidos anunciou um plano de tarifas recíprocas que pode impactar diretamente as exportações brasileiras. O presidente Donald Trump afirmou que a medida busca corrigir desequilíbrios comerciais, e o etanol brasileiro está entre os produtos que podem sofrer restrições.

Mudança na política comercial

Durante o anúncio, Trump destacou que os EUA aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o etanol importado, enquanto o Brasil impõe uma taxa de 18% para o produto norte-americano. Segundo ele, essa diferença justifica a revisão das taxas, que ainda precisam ser detalhadas pelo governo.

O plano tarifário faz parte de um esforço maior para reduzir o déficit comercial dos EUA, que atingiu US$ 98,4 bilhões em dezembro de 2023, o maior desde 2022. Segundo a Casa Branca, os impostos não recíprocos custam às empresas norte-americanas mais de US$ 2 bilhões por ano.

Impacto no Brasil

A decisão gerou preocupação entre representantes do setor agroindustrial brasileiro. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) criticou a medida, afirmando que a comparação entre os mercados de etanol dos dois países não é justa.

Segundo a entidade, os EUA impõem tarifas muito superiores ao açúcar brasileiro, o que inviabiliza sua exportação. O diretor-presidente da UNICA, Evandro Gussi, destacou que a nova política pode afetar a sustentabilidade do setor.

“Os EUA falam em reciprocidade, mas aplicam mais de 100% de tarifas sobre o nosso açúcar. Não há equilíbrio nessa relação”, afirmou.

Apesar da preocupação, especialistas apontam que estados norte-americanos mais engajados em políticas ambientais, como a Califórnia, podem continuar comprando etanol brasileiro, devido ao seu menor impacto ambiental.

Reação do governo brasileiro

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil não representa um problema comercial para os EUA e defendeu o diálogo como a melhor saída para evitar atritos.

“O Brasil sempre buscou relações comerciais equilibradas. Vamos continuar negociando para garantir que nossos produtos tenham acesso justo ao mercado norte-americano”, declarou.

Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou que a postura dos EUA prejudica o multilateralismo e pode trazer impactos negativos para a economia americana.

“Se o plano dos EUA fosse realmente recíproco, eles zerariam as tarifas sobre o açúcar brasileiro, que hoje ultrapassam 81%“, criticou.

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