Kiev viveu mais uma noite de terror após um ataque russo que deixou pelo menos um morto e quatro feridos, incluindo uma criança de nove anos. As explosões aconteceram durante a madrugada e provocaram incêndios em diversas áreas da capital ucraniana, que tem cerca de três milhões de habitantes.
Mísseis e drones intensificam ofensiva
As sirenes de alerta soaram em Kiev pouco antes das 2h30, horário local, quando as autoridades informaram que os sistemas de defesa aérea estavam em ação. Segundo o exército ucraniano, a Rússia lançou um total de 71 drones e sete mísseis balísticos durante a noite. Seis dos sete mísseis foram interceptados, mas alguns atingiram estruturas civis.
Imagens divulgadas pelos serviços de emergência mostram equipes de socorro apagando incêndios em um prédio não residencial nos arredores da capital. Além disso, infraestruturas críticas foram danificadas na região de Chernihiv, ao norte do país, onde outras duas pessoas ficaram feridas.
Ucrânia revida com drones
Poucas horas após o ataque russo, as forças ucranianas lançaram uma operação contra a cidade de Enerhodar, no sul do país, próxima à usina nuclear de Zaporizhia. Segundo autoridades russas, drones ucranianos atingiram um estacionamento a cerca de 300 metros de um dos reatores da usina, que atualmente está sob controle da Rússia.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU, reforçou o pedido para que ambos os países evitem ataques próximos à usina nuclear. Especialistas alertam para os riscos de um acidente nuclear caso os combates na região se intensifiquem.
Zelensky acusa Putin e pede apoio internacional
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou os ataques e afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, “não está preparando a paz”. Segundo Zelensky, apenas uma resposta forte dos aliados pode deter a escalada da guerra.
“Esse terror russo contra a Ucrânia não vai parar sozinho. Putin continua matando civis e destruindo nossas cidades. Precisamos de mais apoio internacional para acabar com essa agressão”, declarou o presidente ucraniano.
Nos últimos meses, tanto Kiev quanto Moscou intensificaram os ataques contra infraestruturas energéticas. Na terça-feira, a Rússia anunciou ter tomado o controle de uma aldeia em Donetsk, ampliando sua presença na região.