A nova medida faz parte de uma série de ações contra a imigração irregular
O presidente Donald Trump criou uma medida expressiva para endurecer as políticas de imigração dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (20), ele assinou um decreto que proíbe a concessão de cidadania americana a filhos de imigrantes ilegais nascidos no país.
A medida desafia o princípio estabelecido na Constituição dos EUA, que garante a cidadania para qualquer pessoa nascida em solo americano. O governo, no entanto, declarou que não reconhecerá mais automaticamente o direito de nascimento para filhos de imigrantes irregulares.
“Não podemos mais permitir que nosso sistema seja explorado dessa maneira. Estamos restaurando a justiça para os cidadãos americanos”, afirmou Trump durante o anúncio no Salão Oval.
Grupos de direitos civis e juristas apontaram que a decisão pode ser contestada judicialmente, dado o impacto direto sobre os direitos constitucionais.
O decreto também acompanha uma declaração de emergência nacional na fronteira sul com o México. A medida abre caminho para o envio de recursos adicionais do Pentágono e o uso de forças militares para acelerar a construção do muro fronteiriço.
Trump enfatizou que a decisão é parte de um esforço maior para proteger os Estados Unidos. “Toda entrada ilegal será interrompida imediatamente, e começaremos a devolver milhões de imigrantes criminosos aos seus países de origem”, declarou.
O programa intitulado “Fique no México” também foi oficializado. Ele prevê que imigrantes que buscam asilo nos Estados Unidos permaneçam no México enquanto aguardam uma decisão judicial.
Além disso, o presidente designou cartéis de drogas como organizações terroristas, afirmando que a medida fortalecerá os esforços para combater o tráfico de drogas e armas na região. “O México pode não concordar, mas estamos fazendo o que é necessário para proteger nossa nação”, disse Trump.