As ações da Vale (VALE3) registraram alta de cerca de 3% nesta sexta-feira (17), impulsionadas por dados positivos da economia chinesa e revisões otimistas do JPMorgan. Às 14h15, os papéis da mineradora eram negociados a R$ 54,22, representando uma valorização de 2,94%.
Na China, o contrato de maio do minério de ferro fechou com alta de 1,71% na Bolsa de Dalian, atingindo 803,5 iuanes (cerca de US$ 109,65) por tonelada. Os resultados refletem a resiliência da demanda chinesa e uma série de indicadores econômicos melhores do que o esperado, que elevaram o apetite do mercado.
O JPMorgan revisou sua projeção para a ação VALE3, aumentando o preço-alvo de R$ 77 para R$ 87, o que representa um potencial de valorização de 65% em relação ao fechamento anterior. O banco destacou a dissolução de incertezas recentes, como o acordo relacionado a Mariana e a renovação da concessão ferroviária, além da sólida produção e redução de custos da mineradora.
Além disso, a venda das ações da Vale pela Cosan (CSAN3) resolveu uma das últimas pressões sobre os papéis. A transação levantou R$ 9 bilhões e foi considerada um passo importante para a simplificação da estrutura financeira da Cosan.
Outro fator favorável à Vale é o cenário de desvalorização do real. Como 100% das receitas da empresa são em dólares, enquanto cerca de 80% de seus custos são em moeda estrangeira, a lucratividade da companhia aumenta com a queda do real. Estima-se que cada desvalorização de 10 centavos no câmbio eleve o Ebitda da Vale em US$ 150 milhões.
Apesar das boas notícias e da sólida performance operacional, as ações da Vale vinham enfrentando desvalorização e desempenho abaixo de seus pares nos últimos meses. Para analistas, essa desconexão reforça a oportunidade de compra no momento atual.
Olhando para o futuro, o otimismo do mercado indica uma trajetória promissora para a mineradora, com potencial para consolidar ganhos e superar desafios recentes.