O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi convidado para um lugar de honra na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para segunda-feira, 20 de janeiro. A presença do executivo ao lado de líderes de big techs como Elon Musk (X), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon) simboliza a relevância da plataforma em meio a tensões políticas e tecnológicas entre EUA e China.
A cerimônia ocorre em um momento crítico para o TikTok. No domingo, 19 de janeiro, está prevista a entrada em vigor de uma lei que pode suspender o funcionamento do aplicativo no país, a menos que a ByteDance, empresa-mãe do TikTok, venda suas operações nos EUA. A legislação, sancionada pelo atual presidente Joe Biden, foi baseada em preocupações de segurança nacional, sob a alegação de que a plataforma permite espionagem e coleta de dados pelo governo chinês.
Apesar das tentativas da ByteDance de contestar a medida na Suprema Corte, as chances de reversão parecem improváveis. Caso a lei seja mantida, o TikTok deverá interromper suas operações já no domingo, conforme reportado pela agência Reuters.
No entanto, Trump tem sinalizado que pode intervir. Segundo fontes do The Washington Post, ele estaria considerando assinar uma ordem executiva para adiar a suspensão por 60 a 90 dias. Essa medida daria mais tempo para negociações e poderia evitar o impacto imediato da interrupção do aplicativo no país.
O TikTok já enfrentou momentos turbulentos sob o primeiro mandato de Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir novos downloads da plataforma e chegou a planejar seu banimento completo, mas foi barrado por decisões judiciais. Agora, em sua campanha de 2024, Trump mudou de tom, declarando apoio à permanência do TikTok nos EUA, o que levanta dúvidas sobre os rumos da nova ordem executiva.
A presença de Shou Zi Chew na posse não é apenas simbólica, mas estratégica, em um cenário que mistura geopolítica, negócios e debates sobre a privacidade de dados. O futuro do TikTok no mercado americano permanece incerto, mas a relação entre a rede social e a política dos EUA certamente continuará no centro das atenções.
Fonte: G1