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IBC-Br registra aumento de 0,1% em novembro e sinaliza estabilidade

IBC-Br registra aumento de 0,1% em novembro e sinaliza estabilidade

Foto: Freepik

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (16), registrou uma expansão de 0,1% em novembro, comparado ao mês anterior. Esse resultado marca o quarto mês consecutivo de alta, consolidando uma relativa estabilidade no índice econômico.

Quarto mês e crescimento

Desde agosto, o IBC-Br tem mostrado um crescimento contínuo, com aumentos modestos, mas consistentes. Em outubro, o índice também subiu 0,1%, mantendo um ritmo de recuperação que reflete a resiliência da economia brasileira.

Comparação anual e projeções futuras

Na comparação com novembro do ano anterior, o indicador mostrou um aumento de 4,1%. Nos primeiros onze meses de 2024, o crescimento acumulado foi de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023. Quando analisado em uma janela de 12 meses até novembro, a alta chegou a 3,6%.

Além disso, o Banco Central revisou para cima sua projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, elevando-a para 3,5%. Esse otimismo reflete a melhora contínua nos indicadores de atividade econômica.

Contexto de juros altos

Mesmo com os sinais positivos, o cenário econômico permanece desafiador, em parte devido aos juros altos. A taxa básica de juros no Brasil está em 12,25% ao ano, uma das maiores do mundo em termos reais. Essa política visa controlar a inflação, mas também impõe um freio na expansão econômica.

Economistas preveem uma desaceleração para os próximos anos, com projeções de crescimento de 2% em 2025 e 1,8% em 2026. Essa expectativa é baseada em um cenário de juros elevados e um ambiente global ainda incerto.

Diferenças entre PIB e IBC-Br

Embora o IBC-Br seja considerado uma prévia do PIB, os dois indicadores possuem diferenças significativas em sua metodologia. O PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclui o lado da demanda, enquanto o IBC-Br foca nas estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços.

O IBC-Br é uma ferramenta importante para o Banco Central, ajudando a definir a política monetária, incluindo a taxa básica de juros. Quando o crescimento econômico é menor, teoricamente, há menos pressão inflacionária, o que pode levar a uma redução nas taxas de juros.

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