A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou em dezembro, registrando alta de 0,34%. Apesar disso, o índice acumulou 4,71% no ano, ultrapassando o teto da meta do Banco Central, que era de 4,5%. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alimentos lideram alta em dezembro
O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pelo aumento em dezembro, com alta de 1,47%. Entre os itens, o óleo de soja se destacou, subindo 9,21%, seguido pelas carnes, como alcatra (9,02%) e contrafilé (8,33%). Já produtos como batata-inglesa (-9,85%) e tomate (-6,71%) ajudaram a aliviar os gastos.
Alimentos consumidos fora do domicílio também subiram, com alta de 1,23%, refletindo os aumentos em refeições e lanches fora de casa.
Despesas pessoais e transportes também pressionam
Outro destaque foi o grupo de Despesas Pessoais, que subiu 1,36%, impulsionado principalmente pelos cigarros, com aumento de 12,78%. Essa alta foi causada pela nova alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicada em novembro.
No grupo Transportes, a alta foi de 0,46%, com passagens aéreas subindo 4,43% e combustíveis apresentando variações mistas. Enquanto etanol e óleo diesel registraram aumento, a gasolina teve leve queda de 0,01%.
Energia elétrica traz alívio
Por outro lado, o grupo Habitação apresentou redução de 1,32%, graças à queda de 5,72% nas tarifas de energia elétrica residencial. A mudança ocorreu com o retorno da bandeira tarifária verde em dezembro, eliminando cobranças adicionais nas contas de luz.
O IPCA-15 de dezembro ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, que previa uma alta de 0,45%. Apesar disso, o índice ultrapassou o teto da meta anual, refletindo pressões persistentes em itens básicos, especialmente alimentos.