Inflação elevada leva Copom a aumentar Selic para maior nível do governo Lula

Inflação elevada leva Copom a aumentar Selic para maior nível do governo Lula
Imagem: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira (11), um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 12,25% ao ano. A medida surpreendeu boa parte do mercado financeiro, que esperava um ajuste mais moderado.

Inflação persiste como desafio central

A decisão do Copom foi tomada em meio a um cenário de inflação resistente, que tem pressionado o poder de compra das famílias e dificultado o planejamento de empresas. De acordo com o comunicado do Banco Central, o aumento foi necessário para garantir a convergência da inflação à meta estabelecida.

O órgão destacou ainda que a economia nacional permanece aquecida, com indicadores de emprego e consumo em alta. No entanto, o crescimento acelerado sem o devido controle fiscal pode gerar mais pressão inflacionária.

Novos aumentos à vista

Além da alta anunciada, o Copom sinalizou que novos ajustes de 1 ponto percentual podem ocorrer nas reuniões de janeiro e março de 2025. Essa postura reforça o compromisso da instituição em ancorar expectativas inflacionárias, mas levanta dúvidas sobre o impacto no crescimento econômico.

As reuniões previstas para o próximo ano estão programadas para as seguintes datas:

  • 28 e 29 de janeiro
  • 18 e 19 de março
  • 6 e 7 de maio
  • 17 e 18 de junho
  • 29 e 30 de julho
  • 16 e 17 de setembro
  • 4 e 5 de novembro
  • 9 e 10 de dezembro

Reação do mercado

A elevação da Selic gerou debates no mercado financeiro. Enquanto alguns analistas consideram a medida necessária, outros alertam para os possíveis efeitos negativos sobre o consumo e o investimento. O aumento do custo do crédito deve afetar diretamente setores como o imobiliário e o varejo, que dependem fortemente de financiamentos.

Impactos no câmbio e nas políticas futuras

Outro fator que pesou na decisão foi a valorização do dólar, que acumula alta de mais de 20% em 2024. Essa disparada pressiona os preços de produtos importados e aumenta os custos de produção. A política monetária nos Estados Unidos também influencia o cenário, com juros elevados no país atraindo investidores e fortalecendo a moeda norte-americana.