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Preços da carne disparam e não devem diminuir em 2025

Preços da carne disparam e não devem diminuir em 2025

Imagem: Reprodução/Freepik

Nos últimos meses, os preços da carne no Brasil têm se mantido em alta. Isso não é por acaso: diversos fatores econômicos e climáticos contribuem para essa elevação. A explicação para esse aumento constante está na interação entre o ciclo pecuário, as exportações e o impacto das condições climáticas adversas.

O ciclo pecuário e seus efeitos

O mercado da carne bovina é profundamente influenciado pelos ciclos de oferta e demanda. Em momentos de alta, os pecuaristas tendem a segurar a produção de gado, apostando na valorização futura. No entanto, quando o ciclo entra em queda, mais animais são abatidos, o que aumenta a oferta e baixa os preços.

Atualmente, o Brasil enfrenta um cenário oposto. Após anos de abates em grande escala, a disponibilidade de gado começa a diminuir. Esse movimento eleva o preço do bezerro e, consequentemente, da carne. O impacto desse fenômeno deverá ser sentido de forma mais intensa em 2025, quando a redução da oferta será mais visível.

Clima afeta severamente a pecuária

Outro fator fundamental para a alta nos preços da carne é o clima. A seca prolongada e as queimadas prejudicaram a produção de pasto, alimento essencial para o gado. Com a oferta de pasto restrita, muitos pecuaristas foram forçados a investir em ração para engordar os animais, um processo mais caro.

Esse aumento nos custos de produção se reflete diretamente no preço final da carne. Além disso, a falta de pasto também significa que o Brasil terá uma oferta menor de carne no mercado interno.

Exportações em alta

Não é apenas o mercado interno que influencia os preços. O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, e as vendas para o exterior têm se mantido aquecidas. Com recordes de exportações, a demanda internacional aumenta a pressão sobre o mercado interno.

A escassez de oferta em outros países, como Austrália e Argentina, tem impulsionado as exportações brasileiras, o que reduz a quantidade de carne disponível para o consumo interno e, por consequência, eleva os preços.

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