O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou desaceleração em novembro, atingindo 0,39%, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. O resultado veio acima da expectativa de 0,37% estimada pelo mercado, mas ficou abaixo da alta de 0,56% observada em outubro.
Impactos nos preços de alimentos e transporte
O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pela alta no mês, com aumento de 1,55%. Carnes, como contrafilé e alcatra, subiram mais de 8%, pressionadas pela menor oferta no mercado interno e pelo aumento nas exportações. Óleo de soja e refeições também tiveram impacto relevante.
No setor de Transportes, a alta de 0,89% foi puxada pelo aumento expressivo de 22,65% nas passagens aéreas. A proximidade do fim do ano e a alta demanda por viagens explicaram o avanço. Por outro lado, combustíveis como gasolina e etanol registraram quedas, ajudando a aliviar o impacto geral.
Energia elétrica e custos de habitação
A energia elétrica residencial apresentou queda de 6,27%, influenciada pela vigência da bandeira tarifária amarela, de menor custo. A melhora nas condições de geração de energia no país contribuiu para a redução. Em dezembro, a bandeira verde deve ser aplicada, eliminando cobranças adicionais.
Serviços mantêm preocupação com alta acumulada
Embora o IPCA tenha desacelerado, a inflação no setor de serviços mostrou avanço significativo, atingindo 0,83% em novembro. Esse índice reflete um mercado de trabalho aquecido e uma maior demanda por serviços no período, acumulando alta de 4,71% em 12 meses.
Com o acumulado de 12 meses registrando alta de 4,87%, o IPCA segue acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.