![Tentativa de lei marcial coloca presidente sul-coreano sob risco de impeachment](https://revistapoder.uol.com.br/wp-content/uploads/2024/12/Tentativa-de-lei-marcial-coloca-presidente-sul-coreano-sob-risco-de-impeachment.jpg)
A pressão política contra o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol ganhou força nesta semana, após seis partidos de oposição apresentarem uma moção conjunta de impeachment. A medida foi motivada por uma tentativa controversa de declarar lei marcial no país, o que gerou uma reação negativa em diferentes setores da sociedade e do parlamento.
Proposta de impeachment e seus desdobramentos
A moção foi oficialmente submetida à Assembleia Nacional, a principal legislatura sul-coreana, na tarde desta quarta-feira (4). A iniciativa contou com o apoio de seis partidos de oposição, incluindo o Partido Democrata, a maior força política contra o governo atual.
Caso o processo avance, o presidente Yoon será afastado temporariamente do cargo até que o Tribunal Constitucional avalie o caso. A constituição sul-coreana exige o voto de dois terços dos parlamentares para que a moção siga adiante, além da aprovação de pelo menos seis dos nove juízes do tribunal.
Repercussão política e social
A tentativa de declarar lei marcial foi amplamente criticada por políticos de diferentes partidos, além de gerar protestos entre grupos da sociedade civil. A medida, ainda que de curta duração, foi vista como uma ameaça à democracia sul-coreana, especialmente em um momento em que o país enfrenta tensões internas e externas.
“Essa ação vai contra os princípios democráticos que construímos ao longo de décadas”, afirmou um porta-voz do Partido Democrata. A oposição alega que o decreto foi usado como uma tentativa de concentrar poder e silenciar vozes críticas ao governo.
O que está em jogo
A crise ocorre em meio a uma conjuntura política delicada para Yoon Suk Yeol. Desde o início de seu mandato, ele tem enfrentado críticas sobre sua condução de temas sensíveis, como economia, segurança e relações internacionais.
Se o impeachment for aprovado, será a segunda vez na história recente da Coreia do Sul que um presidente enfrenta destituição. Em 2017, a então presidente Park Geun-hye foi removida do cargo por corrupção, em um caso que mobilizou protestos em massa no país.