O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, consolidando um cenário positivo para a economia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a revisão da alta de 2023, de 2,9% para 3,2%, reforça a percepção de que a economia está respondendo bem às políticas de estímulo do governo.
No entanto, especialistas alertam que a manutenção desse ritmo de crescimento dependerá de ajustes nas contas públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou os resultados nas redes sociais, destacando o impacto na geração de empregos e renda. Ainda assim, interlocutores próximos ao governo reconhecem que o desafio será conter os gastos para evitar pressões inflacionárias e garantir a sustentabilidade econômica.
Enquanto os números surpreendem positivamente, o cenário macroeconômico impõe desafios. O dólar atingiu R$ 6,07, impactando os custos de importação e pressionando a inflação. Além disso, o Banco Central indicou que a taxa Selic poderá fechar o ano em 12%, o que encarece o crédito e limita investimentos.
Esse contexto é visto como um teste para a equipe econômica, que aposta no equilíbrio fiscal como solução. “A política monetária mais restritiva vai exigir um ajuste mais eficiente nas contas públicas”, afirma um especialista do mercado financeiro.