O mercado de trabalho brasileiro alcançou um marco histórico. Segundo dados do IBGE, divulgados nesta sexta-feira, a taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro. Este é o menor índice registrado desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.
Recuperação consistente no mercado
A recuperação do emprego tem sido um dos pilares da retomada econômica do país. No trimestre anterior, a taxa era de 6,8%, enquanto no mesmo período do ano passado chegava a 7,6%. Com a queda, o contingente de pessoas desocupadas agora é de 6,8 milhões, o menor desde 2014.
Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE, destacou a relevância desse resultado. “Estamos vendo um mercado que não apenas recupera níveis pré-pandemia, mas também supera os melhores momentos anteriores, como em 2013 e 2014”, afirmou.
Ocupação e setores em destaque
A população ocupada chegou a 103,6 milhões, estabelecendo um novo recorde. Setores como indústria, construção e serviços pessoais lideraram o crescimento. A proximidade das festas de fim de ano também influenciou o aumento na produção de confecções e no atendimento a demandas sazonais.
Outros setores, como serviços prestados às famílias e construção civil, mostraram um desempenho robusto, contribuindo para o maior nível de ocupação em mais de uma década.
Informalidade e carteira assinada
A taxa de informalidade se manteve estável, em 38,9%, enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada alcançou 39 milhões. Este grupo cresceu 3,7% em comparação ao ano anterior, mostrando sinais de consolidação do mercado formal.
Por outro lado, os empregados sem carteira assinada chegaram a 14,4 milhões, representando um aumento de 8,4% no comparativo anual.
Rendimentos seguem estáveis
Apesar do avanço na geração de empregos, os rendimentos médios habituais permaneceram estáveis, com um valor estimado em R$ 3.255. A massa de rendimentos, que soma os ganhos de todos os trabalhadores ocupados, cresceu 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado.