O desempenho das exportações do agronegócio brasileiro em 2024 está sendo impactado por uma combinação de fatores desafiadores. Até setembro, o setor registrou faturamento acumulado de 126 bilhões de dólares, uma queda de 1% em relação ao mesmo período de 2023. Especialistas apontam a safra reduzida de grãos como a principal razão para essa desaceleração.
Safra menor afeta soja e milho
A colheita de soja, um dos principais produtos do agronegócio brasileiro, foi menor em 2023/2024, refletindo diretamente nos embarques. O milho também registrou uma redução significativa, agravada por preços internacionais em queda. Essa dinâmica gerou incertezas sobre a capacidade do setor de alcançar novos recordes de exportação, algo que vinha acontecendo de forma consistente desde 2020.
Principais destinos e desafios
A China permanece como o maior destino das exportações brasileiras, respondendo por 34,6% do volume total embarcado. Em seguida vêm a União Europeia (13%) e os Estados Unidos (6,7%). No entanto, a forte dependência desses mercados deixa o setor vulnerável a variações de demanda e à concorrência com outros grandes fornecedores globais, como os Estados Unidos e a Argentina.
Produtos em destaque
Apesar das dificuldades enfrentadas pelos grãos, outros segmentos tiveram crescimento expressivo. As exportações de algodão em pluma aumentaram 134%, enquanto o café registrou alta de 42%. O açúcar e a carne bovina também tiveram desempenhos positivos, com crescimentos de 35% e 28%, respectivamente.