O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prepara um pacote de ajustes fiscais que deve ser apresentado na próxima terça-feira (26). O plano prevê cortes de R$ 70 bilhões nas despesas públicas para os próximos dois anos. A medida busca alinhar os gastos federais às metas estabelecidas no arcabouço fiscal, garantindo maior controle sobre o déficit público.
Entre as propostas discutidas, está a limitação do aumento real do salário mínimo. De acordo com as regras fiscais, o reajuste seria limitado a 2,5% acima da inflação. Essa medida pode gerar uma economia de aproximadamente R$ 11 bilhões entre 2025 e 2026.
Além disso, o governo estuda ajustes nos benefícios das Forças Armadas. A idade mínima para que militares passem à reserva pode ser elevada de 50 para 55 anos. Outra medida em análise é o fim do pagamento vitalício de pensões para filhas solteiras de militares, um benefício que há anos gera controvérsia.
As medidas são parte de um esforço maior para reequilibrar as contas públicas sem comprometer a recuperação econômica. Nos bastidores, Haddad vem negociando com líderes do Congresso, como Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, para garantir apoio político às mudanças.
O pacote também reflete a necessidade de adaptação às novas regras fiscais, que limitam o crescimento das despesas públicas ao avanço da receita. Caso o governo ultrapasse os limites estabelecidos, corre o risco de comprometer sua credibilidade junto ao mercado e à sociedade.