Alexandre Bompard, declarou na última semana, que a rede de varejo francesa se compromete a não comercializar mais carne proveniente do Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A medida foi comunicada por meio de uma carta direcionada ao presidente do sindicato agrícola francês FNSEA e também compartilhada em suas redes sociais.
A declaração de Bompard ocorre em meio a uma crescente pressão na França sobre o acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul, com protestos de agricultores franceses, que alegam que a carne do Mercosul não atende aos padrões exigidos pelo mercado francês.
Em sua carta, Bompard afirmou: “No Carrefour, estamos prontos, qualquer que seja o preço e a quantidade de carne que o Mercosul venha a nos oferecer”. O CEO também fez um apelo para que outros setores do mercado agroalimentar se unam à iniciativa, destacando a importância de garantir que a carne comercializada na França respeite os critérios locais.
Produtores do Mercosul repudiaram a decisão. A Farm (Federação das Associações Rurais do Mercosul), formada por entidades representativas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai, Paraguai, expressou sua “veemente discordância e repúdio à decisão”.
“Essa atitude arbitrária, protecionista e equivocada prejudica o bloco e ignora os princípios de sustentabilidade, qualidade e comprometimento que caracterizam a produção agrícola dos países membros.”, disse a Farm.