O governo revisou as projeções econômicas para 2024, ajustando os índices de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação. Segundo o Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Políticas Econômicas (SPE) do Ministério da Fazenda, a expectativa de crescimento do PIB subiu de 3,2% para 3,3%.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também sofreu revisão, passando de 4,25% para 4,4%. Apesar de o número estar acima do centro da meta de 3%, ele ainda permanece dentro do intervalo de tolerância, que vai até 4,5%.
Fatores que influenciam a inflação
De acordo com o relatório, a inflação deve desacelerar, em parte, graças à redução esperada nos preços monitorados, como as tarifas de energia elétrica. A adoção de bandeiras tarifárias menos onerosas é apontada como um dos fatores principais para esse impacto positivo.
Ainda assim, as previsões do mercado financeiro são mais conservadoras. O Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, ajustou a estimativa do IPCA para 4,64%, marcando a sétima semana consecutiva de alta nas previsões.
Crescimento econômico revisado
O aumento na projeção do PIB foi justificado por uma ligeira melhora nas expectativas para o terceiro trimestre de 2024. O crescimento trimestral, anteriormente projetado em 0,6%, foi revisado para 0,7%. Segundo o governo, espera-se um ritmo de crescimento mais lento nos dois últimos trimestres do ano, mas ainda consistente.
Essa revisão reflete uma perspectiva otimista, ainda que cautelosa, em relação ao desempenho da economia brasileira. O relatório ressalta que a expansão econômica será sustentada por setores estratégicos, apesar de desafios persistentes, como a inflação global e as incertezas fiscais.
Outros indicadores econômicos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve como base para ajustes no salário mínimo, também foi revisado, subindo de 4,1% para 4,4%. Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), usado como referência para aluguéis, teve alta projetada para 6,4%.