A Ucrânia obteve autorização dos Estados Unidos para utilizar mísseis de longo alcance fabricados no país, marcando um importante passo na resposta ao avanço militar russo. A decisão, aguardada por Kiev há meses, foi anunciada após um ataque devastador de Moscou que atingiu severamente a infraestrutura elétrica ucraniana.
Impacto do ataque à rede elétrica
Na ofensiva recente, cerca de 120 mísseis e 90 drones foram lançados contra diversas regiões da Ucrânia. De acordo com o ministro da Energia ucraniano, o ataque comprometeu 50% da capacidade de geração de energia do país, afetando cidades importantes como Kiev, Donetsk, Dnipropetrovsk e Odesa. Esta última sofreu interrupções no aquecimento e no fornecimento de água, agravando a situação com a chegada do rigoroso inverno.
A operadora de energia DTEK implementou cortes emergenciais para conter os danos, mas os desafios logísticos e a destruição generalizada complicam a restauração dos serviços.
Resposta internacional e envio de mísseis
Com o apoio americano, a Ucrânia espera reforçar sua defesa contra novos ataques russos. A autorização para o uso de mísseis de longo alcance pode alterar o equilíbrio do conflito, oferecendo ao exército ucraniano a capacidade de atingir posições estratégicas mais distantes.
Segundo analistas, a medida também envia um forte sinal de apoio dos EUA a Kiev, especialmente diante das incertezas políticas geradas pela eleição de Donald Trump, que já se mostrou crítico aos pacotes de ajuda destinados ao país.
Diplomacia em segundo plano
Enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressa desejo por uma solução diplomática, as negociações permanecem paralisadas. Moscou intensificou suas ofensivas como retaliação a líderes ocidentais, dificultando a construção de um possível acordo de paz.
Por outro lado, Kiev tem reforçado seus pedidos de apoio internacional, tanto para a reconstrução de sua rede elétrica quanto para o envio de mais armamentos.