Revista Poder

Aumento na conta de luz impulsiona inflação no mês de outubro

Aumento na conta de luz impulsiona inflação no mês de outubro

Imagem: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, registrou uma alta de 0,56%. O aumento foi impulsionado principalmente pelos custos da energia elétrica residencial e alimentos, como carnes, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação para o período superou a expectativa de 0,53% prevista por analistas.

Esse resultado deixa o IPCA em 4,76% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta anual de 3% estabelecida pelo Banco Central, que admite uma margem de variação de 1,5 ponto percentual. Com isso, a inflação acumulada no ano está no patamar mais alto desde outubro do ano passado.

Conta de luz e carnes exercem maior pressão

No mês, a conta de luz foi um dos principais fatores para a alta da inflação, registrando um aumento de 4,74%. Esse salto se deve à aplicação da bandeira tarifária vermelha, nível 2, o que encareceu as cobranças de energia em meio ao período de seca, quando os reservatórios das hidrelétricas sofrem uma queda no volume de água.

Além disso, o setor de alimentação e bebidas também teve uma contribuição significativa, com alta de 1,06% em outubro. O preço das carnes, por exemplo, subiu 5,81%, impulsionado por uma oferta limitada devido ao clima seco, menor abate de animais e elevado volume de exportações.

A única queda de preços em outubro veio do setor de transportes, com uma redução de 0,38% causada, em grande parte, pela queda de 11,50% nos preços das passagens aéreas. Esse recuo, no entanto, não foi suficiente para conter a alta nos demais setores.

Impacto da inflação na economia e na população

A inflação tem sido uma preocupação crescente para o governo e para o Banco Central. Na última quarta-feira, o Banco Central optou por um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, elevando-a para 11,25% ao ano. Esse ajuste tem o objetivo de conter o avanço dos preços, mas também afeta o custo do crédito para consumidores e empresas.

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