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Família de Marielle Franco fazem ato antes do julgamento dos réus

Família de Marielle Franco fazem ato antes do julgamento dos réus

O júri, iniciado às 9h, deve se estender até quinta-feira - Reprodução Instagram (@institutomariellefranco)

Os familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes participaram do ato em frente ao Tribunal de Justiça do Rio e receberam apoio dos manifestantes

Familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes realizaram um ato em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (30), antes do julgamento dos ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, que confessaram participação na morte da ex-vereadora e do motorista.

No ato, estavam familiares de outras vítimas de operações policiais e familiares de Marielle, como seus pais, Marinete da Silva e Antonio Francisco, sua irmã, a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), e sua filha, Luyara Franco, que receberam apoio com gritos de “justiça” pelos manifestantes.

“Eles não são Deus. Não podem tirar a vida de um ser humano e ficarem impunes. A palavra tão falada por nós, justiça, é o que queremos hoje”, declarou Antonio Francisco. Ele ressaltou que essa é uma oportunidade para “mudar a cara da justiça no Rio de Janeiro e no Brasil”.

Julgamento

O júri, iniciado às 9h, deve se estender até quinta-feira. 21 pessoas participarão, das quais sete formarão o júri, ficando incomunicáveis e pernoitando no Tribunal. Sete testemunhas da Promotoria, incluindo Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle e sobrevivente do ataque, prestarão uma declaração, assim como duas testemunhas da defesa de Lessa.

Ronnie Lessa, atualmente preso em Tremembé (SP), e Élcio Queiroz, preso em Brasília, participarão do julgamento por videoconferência. Ambos firmaram acordos de delação e confessaram o crime. De acordo com a Folha de SP Ministério Público do Rio buscará a pena máxima para os réus, que pode alcançar até 84 anos de prisão. Pelo acordo, Lessa deve cumprir pena em regime fechado até 2037, enquanto os detalhes do acordo de Élcio não foram divulgados.

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, são réus no STF, acusados de serem os mandantes do crime, conforme a delação de Lessa. Todos negam envolvimento. “Foi uma surpresa [saber da suposta participação dos irmãos Brazão e de Rivaldo Barbosa]. Reconhecemos o trabalho feito, mesmo com interrupções. Entendemos as dificuldades de chegarmos até aqui”, comentou a ministra Anielle Franco.

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