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Lula pode pedir apoio para Rússia e China sobre mudanças da ONU

Lula pode pedir apoio para Rússia e China sobre mudanças da ONU

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou anteriormente as propostas apresentadas por Brasil e China - Reprodução Instagram (@lulaoficial)

Lula também deseja aproveitar a reunião do G20 para obter compromissos com potências globais

Durante a próxima cúpula dos BRICS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), planeja pedir a Rússia e a China para apoiarem uma significativa reformulação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Fontes diplomáticas brasileiras informam que este pedido será formalizado durante a visita oficial de Lula à Rússia na próxima semana.

O presidente pretende destacar, em pronunciamento público, a necessidade urgente de atualização da ONU, em 2025. Será o momento em que acontecerá o marco dos 80 anos da Carta das Nações Unidas será atingido. A proposta de reforma inclui a ampliação do número de membros com poder de veto no Conselho de Segurança, atualmente restrito a França, Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e China.

De acordo com a CNN, o apoio dos dois últimos é fundamental para que o Brasil possa almejar um assento permanente no conselho. Até o momento, Rússia e China têm se mostrado relutantes quanto a essa mudança estrutural. Por outro lado, França e Estados Unidos já expressaram abertura à inclusão brasileira. Além do Brasil, Alemanha e Japão também têm manifestado interesse em integrar o seleto grupo. A África do Sul e a Índia se somam a essa demanda por uma reestruturação mais inclusiva.

Reunião

Lula vislumbra aproveitar o cenário proporcionado pela reunião do G20 em novembro, no Rio de Janeiro, como uma plataforma para obter compromissos concretos das potências globais no sentido de promover essa alteração no organismo internacional.

Na pauta do encontro dos BRICS, também está prevista a renovação do apelo para que Rússia e Ucrânia iniciem um processo de diálogo visando um acordo de paz. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou anteriormente as propostas apresentadas por Brasil e China, que poderiam legitimar ações de anexação territorial por parte da Rússia.

Lula pretende explicar que o objetivo da proposta sino-brasileira não é ser uma solução final, mas sim servir como um ponto de partida para negociações entre Putin e Zelensky.

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