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Ministério de Minas e Energia deseja colaboração de distribuidoras de energia para resolver apagão em SP

Ministério de Minas e Energia deseja colaboração de distribuidoras de energia para resolver apagão em SP

A reunião técnica contará com a presença de representantes das empresas EDP, CPFL, Neoenergia, Light, Equatorial, Energisa, Eletrobras e Isa Cteep - Reprodução X (@tracklist)

A Enel deverá participar da reunião para debater medidas contra o apagão em SP

O Ministério de Minas e Energia (MME), sob a liderança do ministro Alexandre Silveira, anunciou neste domingo (13) a determinação para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se reúna com representantes da Enel e outras distribuidoras. O objetivo é desenvolver um plano de “ações emergenciais” para restaurar a energia elétrica em São Paulo. O ministro também enfatizou a necessidade de “colaboração de todas as concessionárias”.

Conforme Silveira, a reunião deve incluir a Enel, que é responsável pelo apagão em SP que afetou quase 2,1 milhões de pessoas desde a sexta-feira (11). Outras distribuidoras que operam na região também participarão.

Essa determinação está registrada em um ofício assinado por Silveira, enviado a Sandoval de Araújo Neto, diretor-geral da Aneel. O ministro deixou claro que “não irá admitir qualquer omissão” da parte da agência reguladora. “Determino a vossa senhoria a realização de reunião, ainda hoje, com a Enel e demais equipes técnicas das distribuidoras de energia elétrica que possam auxiliar com ações emergenciais para imediata resolução da situação em São Paulo e região metropolitana”.

Além disso, Silveira convocou o diretor da Aneel para uma reunião programada na segunda-feira (14), às 10h, na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo. O objetivo é apresentar o plano de contingência elaborado pelas equipes técnicas, “para que o MME possa exigir a colaboração de todas as concessionárias na solução do problema”.

Segundo a CNN, a reunião técnica contará com a presença de representantes das empresas EDP, CPFL, Neoenergia, Light, Equatorial, Energisa, Eletrobras e Isa Cteep.

Pedido do ministério à Aneel

No sábado, o MME anunciou a criação de uma sala de situação para monitorar o apagão. Ele também solicitou que a Aneel pressionasse a Enel pelo restabelecimento da energia. A nota do ministério menciona problemas “reiterados” na área atendida pela Enel e critica a Aneel por falhas na fiscalização da distribuidora.

“Mostrando novamente falta de compromisso com a população, a agência reguladora não deu qualquer andamento ao processo que poderia levar à caducidade da distribuidora, requerido há um ano pelo Ministério, o que deve ensejar a apuração da atuação da Aneel junto aos órgãos de controle”.

Resposta da Aneel

Em resposta, na noite de domingo, a Aneel se manifestou sobre as ações tomadas em relação às falhas da Enel em São Paulo. O órgão informou que, desde 2018, já impôs R$ 320.801.815,02 em multas à distribuidora. Quase 48 horas após a chuva, cerca de 760 mil consumidores ainda estavam sem energia em São Paulo.

O comunicado da Aneel foi endereçado ao ministro em exercício, Arthur Cerqueira Valério, porque Alexandre Silveira estava fora do país. A nota apresentou justificativas para a cobrança feita pelo MME, que exigiu agilidade da Enel para restaurar a energia na região metropolitana.

A agência destacou que, no ano passado, impôs a maior multa já aplicada a uma distribuidora na história do setor elétrico nacional. O  valor total foi de R$ 165.807.883,50 pela falta de energia em novembro.

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