O Home Office se mostrou uma opção vantajosa para os entrevistados
O crescimento salarial para quem escolhe o Home Office é de 5% a 7% mais lento do que para aqueles que atuam presencialmente. Apesar dessa diferença, muitos trabalhadores ainda preferem o trabalho remoto. Isso apareceu em uma pesquisa dos economistas das universidades de Nottingham, Sheffield e King’s College London, no Reino Unido. O objetivo do estudo foi buscar entender o impacto dos diferentes modelos de trabalho sobre os trabalhadores do país.
Mesmo com a disparidade salarial, o estudo ressalta que o home office oferece vantagens não financeiras, como flexibilidade no trabalho e redução de despesas. De acordo com a CNN, Jesse Matheson, professor da Universidade de Sheffield e um dos autores da pesquisa, comentou que existe uma escolha entre uma maior remuneração e a conveniência do trabalho remoto. “O surpreendente foi descobrir que trabalhar de casa pode representar um aumento de benefícios sem representar um aumento na desigualdade entre trabalhadores, que era a investigação original da pesquisa”, afirmou o economista.
Preferência por trabalho remoto
Os entrevistados disseram estar dispostos a abrir mão de até 8,2% de sua renda para continuar com uma carga de dois ou três dias por semana. Além disso, mulheres, jovens e aqueles que residem mais longe do trabalho demonstram uma preferência pelo trabalho remoto.
O estudo destaca que profissões com maior nível de educação, como programadores, consultores e designers, tendem a ser as mais beneficiadas pelo trabalho remoto. Por outro lado, os funcionários presenciais veem um crescimento salarial mais acentuado como forma de compensação pela falta de conveniências. Matheson menciona que, apesar dessa dicotomia, o aumento do trabalho remoto pode gerar mais oportunidades de empregos presenciais devido a mudanças nos hábitos.
“Uma pessoa que trabalha remotamente tende a depender dos estabelecimentos na área onde vive. Assim, em um bairro residencial, pode haver um aumento na demanda por cafés, resultando na criação de empregos em cafeterias, e esses funcionários tendem a ser mais bem remunerados devido à escassez de mão de obra”, pontuou o economista.