Mesmo com a decisão, Pequim continuou a proibição de entrada de produtos aquáticos do Japão
O Japão e a China estabeleceram um acordo no mês de agosto sobre o descarte da água radioativa da usina nuclear de Fukushima. As informações são do Ministério das Relações Exteriores da China, compartilhadas nesta sexta-feira (20). A situação colocou fim a uma disputa diplomática que já durava mais de dois anos.
De acordo com a CNN, Pequim observou a liberação como “uma importante questão de segurança nuclear com implicações transfronteiriças”, após Tóquio começar a descarregar água radioativa tratada da usina em agosto de 2023. Além disso, o país também compartilhou uma proibição geral de todos os produtos aquáticos do Japão.
Em contrapartida, o Japão criticou a China por compartilhar “alegações cientificamente infundadas”. Isso aconteceu após a Agência Internacional de Energia Atômica, órgão de fiscalização nuclear da ONU, afirmar que o plano atende aos padrões internacionais e teria um impacto “insignificante” sobre o meio ambiente e as pessoas. A situação aconteceu um mês antes de o Japão liberar a água.
Ambos os lados concordaram com o início de um acordo de monitoramento internacional de longo prazo feito pelo Japão. Além disso, concordaram também com a permissão de que os participantes fizessem a amostragem e monitoramento independentes, informou o ministério no comunicado.
Entretanto, mais tarde, Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou que o fato de os países entrarem a um consenso “não significa que a China retomará imediatamente as importações de produtos aquáticos japoneses”, durante uma coletiva de imprensa em Pequim. “Realizaremos consultas técnicas com o lado japonês e retomaremos gradualmente a importação de produtos aquáticos japoneses”, finalizou.