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Ataques à rede elétrica ucraniana podem violar direito internacional; entenda

Ataques à rede elétrica ucraniana podem violar direito internacional; entenda

A Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia (HRMMU) focou seu relatório em nove ondas de ataques entre março e agosto de 2024 - Reprodução LavraPalavra (@rawpixel.com)

A Rússia continua com sua campanha aérea de ataques contra usinas e distribuidoras de energia ucranianas

Nesta quinta-feira (19), um órgão de monitoramento da ONU afirmou que a campanha de ataques aéreos da Rússia contra a rede elétrica da ucraniana provavelmente viola o direito internacional humanitário. Isso acontece no momento em que ucranianos se preparam para o inverno mais difícil desde a invasão da Rússia.

De acordo com a CNN, a Rússia já lançou centenas de mísseis e drones contra instalações da Ucrânia de geração, transmissão e distribuição de energia. No outono e no inverno de 2022, alguns meses após a Rússia iniciar sua invasão em larga escala, aconteceu a primeira grande onda de ataques.

A ofensiva continuou durante toda a guerra, mas Moscou intensificou a campanha significativamente desde março. Cada onda de ataques deixou cidades ucranianas sem energia por até mais de uma semana.

Visão do HRMMU

A Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia (HRMMU) focou seu relatório em nove ondas de ataques entre março e agosto de 2024. “Há motivos razoáveis ​​para acreditar que vários aspectos da campanha militar para danificar ou destruir a infraestrutura civil de produção e transmissão de eletricidade e calor da Ucrânia violaram princípios fundamentais do direito internacional humanitário”, explicou o relatório.

Além disso, a HRMMU afirmou que visitou sete usinas de energia que sofreram danos ou foram destruídas por ataques, assim como 28 comunidades afetadas pelos ataques. Enquanto isso, Kiev pontuou que o ataque à sua rede de energia é um crime de guerra. O Tribunal Penal Internacional já emitiu mandados de prisão para quatro oficiais russos e oficiais militares por conta do bombardeio de infraestrutura de energia civil.

Moscou se defendeu e justificou que a infraestrutura de energia é um alvo militar legítimo e rejeitou as acusações contra seus oficiais como irrelevantes.

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