O jornalista Breno Altman considera que o processo é uma tentativa de calar vozes antissionistas
Condenaram o jornalista Breno Altman, fundador do Opera Mundi, a pagar uma multa equivalente a 15 salários mínimos, em vez de cumprir uma pena de prisão, após a acusação de injúria contra o economista Alexandre Schwartsman e André Lajst, presidente da organização pró-Israel StandWithUs Brasil.
Ainda assim, Altman considera que o processo tem como objetivo silenciar vozes críticas ao sionismo, descrevendo-o como uma forma de “lawfare” e SLAPP (Ações Judiciais Estratégicas contra a Participação Pública), voltadas para reprimir críticas ao sionismo e ao Estado de Israel.
Em entrevista ao Brasil de Fato, Breno Altman declarou que o processo tem como objetivo “exaustão física, financeira e de tempo” quem o enfrenta. Apesar disso, ele afirmou que pretende continuar sua atuação sem alterar sua abordagem.
Além disso, o jornalista critica a esquerda brasileira por sua falta de solidariedade com o povo palestino. E pela inatividade em mobilizações contra o regime sionista, destacando a necessidade de uma maior pressão sobre o governo Lula. A acusação surgiu depois que Altman usou termos como “covardes” e “desqualificados” em postagens nas redes sociais referindo-se aos autores da denúncia.
De acordo com a Mídia Ninja, o juiz Fabrício Reali Zia estabeleceu que a multa seja destinada ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD) em São Paulo. Breno Altman justificou sua postura como uma resposta a ataques pessoais e comparações desrespeitosas. Declarando assim, que considera a condenação um motivo de orgulho e que buscará reverter a decisão nas instâncias superiores.
Em suma, a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) manifestou solidariedade a Altman, repudiou a condenação e criticou os ataques recebidos.