Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, afirmou que existem situações de incêndios “suspeitas” em alguns estados
Nesta segunda-feira (26), o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou que ainda não há indícios de que os incêndios foram uma ação criminosa e coordenada.
Entretanto, afirmou que existe uma situação “bastante suspeita” em alguns estados. “100% do fogo no Brasil é ação humana. Em alguns casos, pode ser descuido. Em outros casos, pode ser acidente. Mas 100% do fogo no Brasil tem ação humana, sem sombra de dúvida”. Para Agostinho, não houve “nenhum registro de incêndio provocado por raio”. “Agora, se foi ação criminosa, organizada, isso quem vai dizer são as investigações”, completou.
“Não temos provas, não temos nenhum indício de que, de fato, teve algo organizado, embora em alguns estados a situação é bastante suspeita. Em algumas regiões, temos o fogo distribuído de maneira uniforme ao longo de estradas. Em alguns lugares, temos o fogo sendo colocado em momentos de difícil controle”, afirmou o presidente do Ibama.
Ações contra os incêndios
Ele fez a declaração após a reunião na Casa Civil, no Palácio do Planalto, para evidenciar ações do governo federal perante o combate aos incêndios. A reunião também foi uma ação preparatória para conversas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deseja ter com os governadores de estados que passaram pelas queimadas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também participou da reunião.
De acordo com a CNN, Agostinho afirmou que o Ibama trabalha nas perícias dos incêndios com o uso de ferramentas, como o uso de imagens de satélites. O presidente do Ibama ainda pediu para que as pessoas não coloquem fogo nas matas ou criem situações que o fogo possa se descontrolar. “Vamos trabalhar muito para responsabilizar autores de incêndio, pessoas que estão desmatando e colocando fogo na terra. Essas pessoas serão duramente responsabilizadas pelos órgãos ambientais”, finalizou.