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Galípolo: Bancos centrais reagirão à inflação alta em diferentes momentos

Galípolo: Bancos centrais reagirão à inflação alta em diferentes momentos

Gabriel Muricca Galípolo é um economista, ex-banqueiro, escritor e professor universitário brasileiro, atual diretor de política monetária do Banco Central do Brasil - Foto: Instagram @bancocentraldobrasil

O Diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil Gabriel Galípolo fez uma declaração sobre a inflação durante um evento em Teresina, onde participou das celebrações pelos 125 anos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí

 

Nesta segunda-feira (26), durante um evento em Teresina, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, fez uma declaração. Na qual afirmou que os bancos centrais vão reagir á inflação mais alta em tempos diferentes. Além disso, que o Brasil e o Chile iniciaram o movimento de alta.

“O Brasil e o Chile foram os países que primeiro reagiram na política monetária, elevando juros para tentar combater essa inflação. Enquanto muitos dos países desenvolvidos entendiam que não era necessário, porque essa era uma inflação que você poderia aguardar a normalização das cadeias produtivas, que ela poderia retornar. Com alguma defasagem, depois, de maneira mais sincronizada, todos os bancos centrais começaram a subir juros, de maneira a tentar arrefecer essa demanda, para tentar conter a inflação”, pontuou Galípolo.

Além disso, ele destacou que, após a pandemia, a invasão da Ucrânia contribuiu para a desorganização das cadeias produtivas e para os choques de oferta. Isso fez com que elevasse os preços. Além disso, a reestruturação das cadeias produtivas também tem um impacto nos custos.

“Como resposta, você começa a ter programas de protecionismo por parte de alguns países. É aquilo que a gente tem assistido de maneira bastante evidente, que é a disputa entre Estados Unidos e China, do ponto de vista comercial”, afirmou o diretor do BC.

Galípolo comenta sobre os cortes nos EUA

De acordo com a Jovem Pan, Gabriel também mencionou que o início do ciclo de redução de juros nos Estados Unidos está se aproximando. E o debate atual é sobre a magnitude dessa redução. Ainda assim, ele citou declarações recentes do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que fez observações audaciosas sobre o processo de desinflação sem causar grandes impactos na economia dos EUA.

“A gente está se aproximando de um ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos, com bastante discussão sobre qual é a magnitude desses cortes”, disse Galípolo.

Em suma, a pesquisa indica que houve uma consolidação das expectativas em relação a um pouso suave nos preços do mercado. Entretanto, outros fatores estão influenciando essa situação. Ele mencionou, por exemplo, as tensões geopolíticas do final de semana, que impactaram os preços do petróleo.

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