A partir de 2025, entrará em vigor o novo sistema de meta contínua, que estabelece um centro de meta de 3%, com a mesma margem de tolerância. Essa mudança significa que o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação anualmente, tornando o processo mais previsível. Apesar das pressões inflacionárias, as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 foram levemente revisadas para cima, passando de 2,2% para 2,23%, refletindo um otimismo cauteloso do mercado. No entanto, para 2025, a projeção de crescimento foi ajustada para baixo, de 1,92% para 1,89%. Já para 2026, o mercado mantém a previsão de crescimento do PIB em 2%, mesma estimativa que se mantém estável há 54 semanas.
O desempenho econômico de 2023, que registrou um crescimento de 2,9% e totalizou R$ 10,9 trilhões, serve como referência para as expectativas futuras. Com relação à taxa básica de juros, a Selic, as previsões indicam estabilidade em 10,50% para 2024, enquanto para 2025, a estimativa subiu ligeiramente para 10%. Em 2026, o mercado projeta uma Selic estável em 9%, cenário que se mantém há 14 semanas. Esses números refletem a cautela do Banco Central em equilibrar a política monetária com as metas de inflação.
O mercado também ajustou suas previsões para o câmbio. O dólar, que encerrou 2023 em torno de R$ 5,30, deve atingir R$ 5,31 ao final de 2024, valor ligeiramente superior ao projetado na semana anterior. Para 2025 e 2026, as projeções permanecem inalteradas em R$ 5,30 e R$ 5,25, respectivamente. Esses dados indicam uma estabilidade relativa nas expectativas de câmbio, mas refletem a cautela diante de um cenário global incerto. A recente alta no preço da gasolina, das passagens aéreas e da energia elétrica, que elevou a inflação de julho para 0,38%, são fatores que contribuem para a pressão sobre a economia doméstica, exigindo atenção constante do mercado e das autoridades monetárias.